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O radialista Francisco Gonçalves Aleixo (Chico da Rádio) faleceu na manhã deste sábado, 10, na cidade do Crato. A morte foi por causa natural. O velório do radialista ocorrerá em sua residência, na rua Antonio Antuérpio Gonzaga de Melo, 83, bairro Vila Lobo, e o sepultamento marcado para a manhã deste domingo, no cemitério do Barro Branco.
Chico da Rádio tinha 86 anos,
66 dos quais dedicados à Radio Araripe do Crato. Exercia a função de operador
no parque de transmissores da emissora pioneira do interior do estado do Ceará.
A notícia de sua morte consternou amigos e colegas de profissão, que durante
toda a manhã foram prestar solidariedade à família.
O também radialista Francildo
Gonçalves conversou sobre a trajetória do pai na radiofonia caririense. Recordou
os desafios no período das limitações tecnológicas para transmissões externas
(fora do estúdio), como a façanha de interligar a sede da rádio ao campo de futebol
São José na década de 1970. A rádio era localizada no bairro Pinto Madeira e o
campo, no bairro Seminário. “Ajudei meu pai a puxar um fio da rua São Francisco
até o campo do São José para a transmissão de jogos do Campeonato Cratense. Ele
subia e descia postes atravessando todo o centro da cidade”, pontuou Francildo,
acrescentando que nenhum evento esportivo ou cultural deixou de ser transmitido
pela 1440 naquele período.
Chico da Rádio não era somente
o colega veterano, mas o amigo e conselheiro dos que estavam iniciando a
profissão. Costumava falar do amor pela emissora e dos desafios enfrentados por
quem optasse pela profissão. Funcionário dedicado, Chico, em muitas ocasiões,
com seu conhecimento, evitou que a “Pioneira” ficasse “muda” por muitos dias,
deixando tristes seus milhares de ouvintes. A rádio Araripe pertencia
inicialmente aos Diários Associados e depois ficou sob o domínio de outros
grupos de comunicação do Ceará, sediados em Fortaleza. Por conta disso, os
engenheiros e auxiliares, quando a rádio apresentava problemas, se deslocavam
de Fortaleza para o Crato, porém a estação não demorava muito tempo “fora do ar”,
pois tinha em seus quadros o técnico dos técnicos – CHICO DA RÁDIO – que na
maioria das vezes solucionava os problemas deixando a turma da capital
boquiaberta.
À família do amigo Chico, a
nossa solidariedade neste momento dor e que o criador lhe dê o descanso eterno.