O resultado da consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde sobre
a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade mostrou que a maioria se
manifestou contrária à necessidade de apresentação de prescrição médica para
vacinação, e não concordou com a obrigatoriedade da vacina.
"Tivemos 99.309 pessoas
que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para
consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não
compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A
maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de
vacinação", anunciou a secretária extraordinária de Enfrentamento à
Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosane Leite de Melo.
A secretária informou que a
pasta apresentará amanhã (5) um documento com o posicionamento a respeito da
vacinação de crianças e adolescentes.
Disponível por 11 dias, a
consulta pública colocou em discussão a inclusão de crianças no Plano Nacional
de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
O ministério tem se
posicionado a favor de que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade
ocorra mediante a apresentação de prescrição médica e o consentimento dos pais.
Rosane Leite de Melo disse que
o ministério também deve se posicionar para que a vacinação seja realizada
obedecendo a uma ordem. Os primeiros a se vacinar seriam as crianças de 5 a 11
anos de idade com deficiência permanente ou comorbidades e crianças que vivam em
lar com pessoas em alto risco para a evolução grave da covid-19. Na sequência
se vacinam as crianças sem comorbidades. Primeiro as de 10 e 11 anos de idade,
depois as de 8 e 9 anos de idade, em seguida as de 6 e 7 anos de idade, e, por
fim, as de 5 anos de idade.
“Em todos os casos será
exigida a prescrição médica e a autorização dos pais ou responsáveis, mediante
assinatura de termo de assentimento. As vacinas devem ser aplicadas seguindo
fielmente as recomendações da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância
Sanitária]”, ressaltou a secretária.
A vacinação em crianças de 5 a
11 anos de idade foi liberada pela Anvisa há duas semanas. A agência
reguladora autorizou a aplicação da vacina da Pfizer.
Ontem (3), o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as doses para crianças de 5 a 11 anos de
idade devem começar a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. O
laboratório Pfizer, fabricante do imunizante, confirmou o prazo previsto pela
pasta.
Agência Brasil