Vítima da Covid-19, morreu,
neste domingo, em Fortaleza, o jornalista, professor e pesquisador da
cultura cearense Gilmar de Carvalho (71). Ele estava internado desde 20 de
março último, numa UTI do Hospital Regional da Unimed. A informação foi
divulgada pelo acadêmico Juarez Leitão, em Whatsapp do Instituto Histórico do
Ceará e também pela grande amiga do escritor, Dodora Guimarães, em suas redes
sociais.
Gilmar de Carvalho também era
escritor e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade
Católica (PUC) de São Paulo. Em 2019, chegou a recusar receber o título de
Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará (UFC) devido à nomeação
de Cândido Albuquerque como reitor da instituição. Para Carvalho, Cândido seria
um “interventor” e sua nomeação teria ignorado a consulta à comunidade
acadêmica.
No mesmo ano, doou arquivos de
sua biblioteca pessoal para o Acervo do Escritor Cearense (AEC), onde são
guardadas memórias de figuras importantes do Estado, como Antônio Girão Barroso
e Natércia Campos. Correspondências trocadas com amigos, documentos históricos,
livros, fotografias antigas e jornais estiveram entre os itens doados.
Com informações de O Povo
Em tempo: Conheci o professor
Gilmar de Carvalho quando trabalhava no Jornal do Cariri. Uma pessoa de uma
simplicidade incrível que a tornava especial no nosso meio. No ano passado, o
entrevistei no Tribuna do Povo da Rádio Iracema. Veio apresentar a nova edição
do livro Sertão das Rabecas de sua autoria sobre Rebecas, resultado de uma
viagem que percorreu mais de 50 municípios para catalogar a presença das
rabecas no Nordeste. Descanse em paz, amigo.