Levantamento feito junto a
secretarias de Saúde, mostra que mais de 5 milhões de pessoas já receberam
a primeira dose de vacina contra a Covid-19. Embora a vacinação traga uma
sensação de alívio, os cuidados precisam ser mantidos para evitar a
disseminação do vírus. Segundo a professora de Enfermagem da Estácio, Rosiane
Almeida, as medidas de proteção também devem ser respeitadas por quem recebeu
as duas doses da vacina.
“Com a imunização, algumas
pessoas podem crer que não é mais preciso usar máscara, lavar as mãos com
frequência, utilizar o álcool em gel após ter contato com pessoas e
superfícies, tossir com o antebraço em frente à boca, e manter o
distanciamento, porém é primordial seguir com os cuidados. A vacina não impede
a circulação e contaminação do novo coronavírus, mas estimula a produção do
nosso sistema de defesa – o organismo produz anticorpos contra uma infecção
simulada pela vacinação. Portanto, mesmo após tomar a vacina o indivíduo pode
se infectar e transmitir o Sars-CoV-2”, alerta a profissional.
Rosiane Almeida ressalva que a
cobertura vacinal brasileira é uma importante conquista e uma poderosa arma que
reforça o sistema imunológico. “É a forma mais eficaz de combater e erradicar
doenças infecciosas. Se não fossem as vacinas, ainda teríamos epidemias como
peste bubônica, poliomielite, sarampo, rubéola e tantas outras moléstias que
assolaram a humanidade por séculos. O que todos devem ter em mente é que a
vacina contra a Covid-19 protegerá as pessoas de desenvolver seus sintomas
graves, diminuindo assim a mortalidade”, afirma.
Segundo a especialista, ainda
não se sabe o tempo necessário para a imunização, mas pode-se considerar
imunizado contra as complicações da Covid-19 entre duas a quatro semanas após a
aplicação – período estimado para o sistema imunológico criar anticorpos
neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células. “Mas vale salientar
que cada organismo reage de uma forma e deve-se considerar a faixa etária.
Lembrando que quem teve Covid também deve tomar a vacina”, declara.
A professora da Estácio lembra
que quem está com febre ou faz uso de antibiótico para tratar alguma infecção,
deve conversar com seu médico e postergar a aplicação da vacina. “Como acontece
com todas as vacinas, diante de algumas doenças agudas o recomendado é o
adiamento da vacina até a melhora dos sintomas”, pontua.
Outro ponto de atenção é com
relação à mistura de diferentes vacinas Covid, o que não é recomendável. “Se a
primeira dose tomada foi da Coronavac – Sinovac/Butantan, não se deve tomar a
AstraZeneca – Oxford/Fiocruz como segunda dose, pois ainda não foram avaliados
os efeitos da combinação de diferentes tipos. O Ministério da Saúde alertou
para os riscos de reações adversas ao combinar diferentes vacinas”, discorre
Rosiane Almeida.
Elizangela Santos