Foto: Reprodução/Bem Paraná |
Na próxima quinta-feira, 18 de
fevereiro, é celebrado o Dia de Combate ao Alcoolismo, uma doença crônica
causada por diversos fatores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em
todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano são causadas pelo uso nocivo do
álcool, representando 5,3% de todas as mortes, sendo esse uso um fator causal
para mais de 200 doenças e lesões e tendo ele relação com uma série de
transtornos mentais e comportamentais.
O professor do curso de Enfermagem da Estácio, Alon Rocha, explica que o álcool
é uma substância que diminui a atividade cerebral favorecendo uma alteração da
ação de neurotransmissores, como o ácido gama-aminobutírico, o glutamato e a
serotonina.
- Conforme a pessoa ingere a bebida, o organismo reage deprimindo as funções
cerebrais, alterando funções devido sua ação direta no sistema nervoso central.
Sua ação pode variar em cada pessoa de acordo com a quantidade ingerida, a
idade, a frequência de uso, o sexo e condições de saúde da pessoa.
Sobre a ação da substância, o
enfermeiro especialista em Terapia Intensiva com atuação em atendimento em
Emergência, explica ainda que, em doses baixas de álcool no organismo, a pessoa
tem uma tendência ao relaxamento, desinibição e euforia, e conforme a
concentração de álcool aumenta, o organismo responde com outras reações, como
diminuição dos reflexos, déficit de atenção e de memória, falta de equilíbrio e
deficiência no raciocínio. Alon destaca que a dependência
causada pelo álcool é grave e diz que à medida que ele se liga aos receptores
cerebrais, alguns mediadores químicos começam a aumentar, como os níveis de
serotonina, o que contribui para a sensação de alegria que a pessoa recebe
depois de tomar uma ou duas doses. O professor da Estácio ressalta que a
utilização do álcool a longo prazo provoca mudanças na química do cérebro. - Quando alguém bebe muito,
durante muito tempo, o cérebro começa a neutralizar os efeitos retardadores do
álcool, aumentando a atividade dos neurotransmissores excitatórios para que ele
funcione normalmente. Contudo, com o cérebro estimulado nesse estado
intensificado, a pessoa requer mais e mais quantidades de álcool para alcançar
os efeitos desejados, num fenômeno conhecido como tolerância. No entanto,
quando a pessoa deixa de tomar o álcool, ela começa a experimentar sintomas
angustiantes de abstinência. Essas mudanças, juntamente com os desejos de
beber, acabam causando dependência, com desejo excessivo e frequente de beber
álcool. Ascom Estácio |