A conquista
de um espaço na universidade mudou a rotina do recém-aprovado no vestibular da
Universidade Regional do Cariri (Urca), para o curso de Direito, Emídio Kennedy
Barboza Lucas, de 19 anos. Ele define sua trajetória como uma superação que
pode ser conquistada por qualquer pessoa. No seu caso, enfrenta uma Paralisia
Cerebral (PC), que não o impediu de ir em busca desse sonho.
Emídio estará cursando Direito no período da tarde, no campus do
Pimenta, em Crato. O seu objetivo após o ensino médio foi focar nos estudos
para chegar aos bancos universitários. Infelizmente, o ano de pandemia da Covid
– 19, tem sido difícil para atravessar e vivenciar de fato os dias de
universidade. Ele foi aprovado no vestibular do final do ano passado.
Para ele, a aprovação representa de maneira completa a tese de que
não existem limites para o ser humano se ele agir com determinação e força. E
isso ele traz na sua vida, com o incentivo que adquire dentro de casa, através
dos pais.
A escolha pelo Curso de Direito não foi aleatória dentro desse
processo. Há uma razão de busca, que é ajudar o mundo a evoluir. “Para garantir
que nós andemos para um futuro melhor, onde a justiça possa ser cumprida no
mundo inteiro, de maneira correta”, diz o jovem obstinado por condições mais
justas de vida para todas as pessoas.
As ótimas
referências que ele diz ter da Urca, além da boa reputação da Universidade e os
grandes resultados da Instituição foram razões para perseguir o sonho, que se
concretizou com a alegria da aprovação. Agora chegam os desafios, novos campos
de conhecimento se abrem. “Quero aprender tudo que puder sobre o Direito”,
disse ele.
Emídio além do seu potencial diante do que as pessoas veem como
limite, destaca a sua realidade como algo que pode ser abraçado por qualquer
pessoa, que também pode ser exemplo de superação. “Todos têm suas lutas e seus
pesos em cada luta. Aqueles que sempre procuram vencer são todos iguais
vencedores”, afirma ele.
O seu estímulo maior está em ser um voluntário em tornar o mundo
um lugar melhor, poder dar um futuro melhor para as pessoas que ama e aqueles
que sofrem com os problemas do mundo.
A sua mãe, a fisioterapeuta Kátia Barboza, ressalta a importância
de sempre estar ao lado do filho, com um estímulo também para outras famílias.
Para ela, a inclusão para as pessoas com paralisia cerebral é fundamental.
Ascom Urca - Textos e Fotos