O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto,
em Crato, pela primeira vez se torna o centro dos debates, durante a
realização, na Universidade Regional do Cariri (URCA), em parceria com a
Secretaria de Cultura do Crato, do I Seminário que aponta com a proposta de
trabalhar um Projeto para o futuro, tema principal do encontro que reúne
pesquisadores, estudantes, historiadores, cineastas e diversos especialistas
que buscam desenvolver um trabalho conjunto pelo resgate da memória do
Caldeirão.
O evento foi aberto na noite de ontem,
no Salão de Atos da URCA, com palestras do professor dr. Artur Sá,
representante da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro-UTAD, em
Portugal, e da Unesco. Ele falou sobre “A importância de um desenvolvimento
integrado na afirmação dos geoparques mundiais da Unesco”. Além disso,
destacou, em sua fala, após a vista ao sítio Caldeirão, a importância do
espaço, como local com as condições de se tornar um dos geossítios mais
importantes da américa do Sul.
O professor dr. da URCA, Domingos
Sávio, abordou em sua palestra as “Visões de mundo nas lutas libertárias do
Caldeirão”. Ele é um dos pesquisadores de destaque na área e ressaltou a
importância do trabalho desenvolvido pelo cineasta e pesquisador Rosemberg
Cariry, que desenvolveu filme e livro sobre o Caldeirão. Ele esteve na mesa de
abertura do evento e falou os rumos de uma nova trajetória de trabalho, a
partir desse momento, e se dispôs a fazer parte e auxiliar nas novas concepções
de projetos que envolvam o Caldeirão.
O compositor e poeta Luciom Caieira
lançou, durante a abertura, um gibi sobre o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto,
distribuído para os participantes. Também foi realizada apresentação da Banda
Cabaçal dos Irmãos Aniceto, com execução dos hinos do Crato e do Ceará.
Ascom Urca