A CPI da SAAEC deu n'água.
O relatório apontando atos de improbidade administrativa foi concluído, levando
ao plenário para votação e derrubado pela bancada governista.
A CPI foi aberta no
início do ano e marcada por disputas jurídicas. Inicialmente, a direção da
empresa ingressou com ação objetivando impedir a instalação da comissão, porém
foi vencida.
Mais tarde e, de forma
inexplicável, integrantes da comissão foram abandonando o barco. Um vereador
assumiu o comando para evitar o naufrago, porém teve seus atos invalidados pela
justiça.
O vereador Amadeu de
Freitas, que era suplente, foi nomeado para presidir os trabalhos e a duras
penas conseguiu concluí-lo indicando que alguns atos estavam em desacordo com o
que manda a legislação.
Os argumentos
utilizados para defender a tese de nada adiantaram porque, ao contrário do que
se viu quando da instalação da CPI, o prefeito Ronaldo Gomes de Matos se
rearticulou no legislativo e derrubou o documento em plenário.
O vereador Amadeu de
Freitas (PT) disse ter ficado surpreso com o comportamento dos vereadores da
base do prefeito em rejeitar o relatório. Ele afirmou que a comissão se ateve aos
dois pontos identificados no requerimento de indicação da CPI. O relatório,
segundo Amadeu, apontou casos de improbidade administrativa.
Já o vereador deposto
do cargo de presidente pela justiça, Bebeto Anastácio (PTN), adiantou que
levará toda a documentação para o Ministério Público e Judiciário. Para ele,
ninguém vai mais confiar na Câmara.
Para aprovação do
relatório seriam necessários 11 votos, o que corresponderia a 2/3 dos presentes.
Votaram favorável ao
relatório os vereadores Amadeu de Freitas, Bebeto Anastácio. Espedito Anselmo,
Francisco Helder (Guer), Jales Veloso, Nando Bezerra, Pedro Alagoano e Tiago
Esmeraldo.
Votaram pela rejeição
do relatório: Celso dos Frangos, Fernando Brasil, Galego da Batateira, Henrique
Leite, Luciano Saraiva, Luis Carlos Saraiva, Marquinhos do Povão, Nágila Rolim
e Paulo de Tarso.