A greve histórica de
Barbalha dá sinais de que poderá chegar ao fim. São mais de 200 dias em que os
profissionais da saúde estão de braços cruzados. Eles reivindicam o básico para
que possam oferecer o “básico” à população.
Neste final de semana,
uma luz surgiu no fim do túnel, após aliados do prefeito José Leite (PT)
comentarem que a situação está insuportável e dizerem que cabe aquele uma
solução para o gravíssimo problema. Alguns afirmam que Zé Leite deverá convidar
os grevistas para sentarem à mesa e buscarem meios para um basta nesta situação.
Zé Leite é assim. Não gosta
de dialogar com grevistas e adota o silêncio quando procurado pela imprensa. No
começo de junho, quando ainda apresentava um programa jornalístico no Cariri, o
companheiro Adriano Duarte conseguiu um feito qual seja ouvir Zé Leite sobre o
assunto. O prefeito, porém, foi duro com a categoria da saúde e disse que o pessoal
devia cumprir a carga horária de trabalho a exemplo dele e dos garis. A declaração
do gestor pegou mal e só complicou o relacionamento com os trabalhadores.
Agora, detendo o título
de maior greve da história, fala-se que Zé Leite quer dialogar. Antes tarde do que
nunca, mas o que se lamenta é o fato dos órgãos fiscalizadores terem ficado
inertes, assistindo uma população desassistida numa área tão crítica como é a
saúde.