Justiça determina prisão preventiva do ex-presidente da Câmara Municipal e de ex-vereadora de Juazeiro do Norte
O
juiz da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, Péricles Victor Galvão de
Oliveira, determinou nessa sexta (19) a prisão preventiva do ex-presidente da
Câmara Municipal, José Duarte Pereira Júnior (conhecido como Zé de Amélia), e
da ex-vereadora Mirantécia Rodrigues Castelo Branco Sampaio (conhecida como
Mira Sampaio). Eles são acusados de desviar recursos da Câmara Municipal de
Juazeiro do Norte, pagando servidores públicos comissionados fantasmas e
depositando esses valores em suas contas particulares e de terceiros. A decisão
judicial atende ao pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Ceará. O
mandado de prisão foi expedido na tarde desta sexta-feira e não foi ainda
efetivado tendo em vista que os acusados encontram-se, até o presente momento,
foragidos.
Zé de Amélia, que é vereador e está afastado por decisão judicial; Mira
Sampaio; e outras seis pessoas, dentre elas a ex-vereadora e atual secretária
municipal Francisca Delian Pinheiro, foram denunciados pelo cometimento dos
crimes de ordenação de despesa não autorizada em continuidade delitiva; aumento
de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura; falsidade
ideológica em continuidade delitiva; uso de documento falso; associação
criminosa; peculato em concurso de pessoas e em continuidade delitiva e crime
de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
A denúncia, subscrita pelos promotores de Justiça Juliana Silveira Mota, José
Silderlandio do Nascimento e Lucas Felipe Azevedo de Brito, narra em 155
páginas uma minuciosa trama delituosa liderada por Zé de Amélia e Mira Sampaio
que custaram aos cofres públicos, apenas em empréstimos consignados feitos
mediante apresentação de documentação falsa, a importância de R$ 3.373.590,48.
Por exemplo, o próprio Zé de Amélia fez um empréstimo consignado juntando o
contracheque de R$ 34 mil, quando só ganhava R$ 10 mil. A conduta criminal de
dezenas de outros servidores da Câmara será apurada em outro procedimento.
Fonte:
Ascom do MPE